Muita gente acredita que realizar medição de serviços que foram realizados é apenas “gerar o boletim de medição”, “conferir horas” ou “aprovar nota fiscal”.
Esse é o primeiro sinal de que algo está errado.
Quando a medição não é estruturada, a empresa perde:
O futuro — ou melhor, o cenário atual — da medição de serviços vai muito além de planilhas, horas-homens e aprovações de notas fiscais. Ele já é digital, inteligente e orientado à performance.
Não é apenas saber “quanto custou”, mas sim, quanto de valor agregado foi gerado, e alinhado ao contrato.
Como sua empresa realiza a medição de serviços atualmente? Do mesmo modo que fazia há 10 anos? Muita calma nesta hora:
Medir bem é transformar contratos em informação estratégica. Quando esse processo é bem realizado, ele mitiga riscos, traz transparência e assegura governança em conformidade com o compliance.
Esse movimento já está acontecendo em grandes organizações. Um exemplo é a Copasa, que realizou uma transformação digital em seus processos em parceria com a Fourtrust, modernizando todo o fluxo de medição de serviços.
Chamaram essa iniciativa de CopaMED e o sistema impactará toda a companhia, incluindo subsidiárias e fornecedores, com projeção de movimentar R$ 4,3 bilhões em 2025 — sendo R$ 2 bilhões em custeio e R$ 2,3 bilhões em investimentos.
A implementação deste sistema, com um processo robusto, não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas um marco na cultura de eficiência, transparência, governança e colaboração no setor de saneamento, tornando-se uma referência de benchmark quando o assunto é medição de serviços.
Isso demonstra que fazer um processo de medição bem-feito deixa de ser um gargalo e passa a ser uma vantagem competitiva.
Escrever este artigo me fez recordar de quando trabalhei em uma grande multinacional do agronegócio, onde enfrentamos um problema com o pleito de reajuste de um fornecedor. Recuperar todo o histórico de medições foi extremamente difícil e levou cerca de quatro semanas. Ao final, conseguimos reunir a documentação necessária e, ao avaliar o processo, constatamos que o fornecedor realmente tinha direito a um reajuste de 7,5% nas últimas seis medições, o que representou um desembolso de R$ 3,5 milhões.
Fico me perguntando: se tivéssemos um processo como este implementado na época, certamente não teríamos passado por aquela situação. Todo o fluxo de extração e a transparência junto ao fornecedor teriam sido garantidos. Esse tipo de resultado reforça que a medição de serviços vai muito além do controle operacional: trata-se de estratégia, compliance, redução de riscos e impacto direto no balanço.
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